A Polícia Federal vai investigar quem ateou fogo em oito carros do Ibama no Sudoeste do Pará. Eles seriam usados para combater crimes ambientais na região. O ataque foi no começo da madrugada de sexta-feira (7) em uma área de altíssimo risco: dentro de um posto de gasolina no distrito de Cachoeira da Serra, em Altamira, Sudoeste do Pará.
De manhã, foi possível ver o estrago: um caminhão-cegonha e oito carros do Ibama queimados. O motorista da carreta não ficou ferido. A Polícia Militar foi chamada e fez a escolta de outro caminhão com mais oito carros do Ibama que não foram atingidos pelo fogo. Os veículos, que são alugados, seriam usados para renovar a frota em postos de fiscalização ao longo da BR-163.
A Polícia Federal está investigando o caso. Os agentes tiveram acesso a mensagens em uma rede social em que pessoas incentivaram o ataque aos veículos do Ibama.
“Nós temos informações de que algumas pessoas, na verdade, preparavam algo para a chegada dessas viaturas novas do Ibama na região, que iriam iniciar uma fiscalização mais intensa nesse período”, disse Ualame Machado, superintendente da Polícia Federal no Pará.
O Ibama acredita que o ataque foi uma retaliação de criminosos às operações de combate ao desmatamento e garimpos ilegais na região.
Depois do atentado o Ibama bloqueou o acesso de serrarias que ficam às margens da BR-163 ao sistema federal que autoriza o transporte de produtos florestais. O objetivo, segundo o instituto, é garantir a atuação dos fiscais na região.
“Vamos responder duplicando as nossas equipes do Ibama e abafando o crime ambiental na área. O Ibama cumpre o seu dever, ele cumpre a legislação e há fará cumprir pelos meios que foram necessários até que a gente consiga deter a atividade criminosa naquela região”, afirmou Luciano Evaristo, diretor de Proteção Ambiental do Ibama.
As informações são do JN.
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