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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Universitárias se sentem inseguras diante de assédio na UFPA

Após a denúncia de assédio sexual contra a aluna do curso de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA), Andreza Reuter, colegas de curso se solidarizaram à estudante e algumas delas disseram que também já foram vítimas desse tipo de violência. Para as jovens, esse tipo de atitude é recorrente por uma visão machista da sociedade e acrescentaram que se sentem indefesas no interior do campus, uma vez que o número de segurança existente no interior da universidade não é suficiente para a extensão da cidade universitária.

Vanessa Vieira, 18, é aluna do 2º semestre do curso de Letras e disse que ao tomar conhecimento do que ocorreu com a aluna Andreza Reuter ficou indignada, porém, não se sentiu surpresa, uma vez que já passou por esse tipo de constrangimento e também conhece relatos de outras colegas que já passaram pela mesma situação. “É uma atitude que a gente se indigna, mas infelizmente não é novidade. Por várias vezes já fui obrigada a escutar desaforos, que para alguns homens são ‘elogios’, aqui dentro da universidade. Esse tipo de agressão já partiu de operários, pois aqui estão sendo realizadas várias obras, como também de outros homens que trafegam no campus, já que é uma universidade pública”, declarou a estudante.

Esse tipo de atitude ainda é comum, segundo a estudante Amanda Martins, em virtude da cultura machista que ainda perpetua na sociedade. “É muito triste ainda sermos vítimas desse tipo de constrangimento. Nós mulheres somos as principais vítimas de assédio sexual. Na visão dos machistas, se estamos com uma roupa curta somos obrigadas a escutar palavras de baixo calão. Aqui na universidade tem vários grupos de estudantes que lutam contra esse tipo de crime. O que eu espero diante disso tudo é que um dia essa mentalidade mude”, disse a jovem.

O medo que a aluna Andreza Reuter sentiu após ser assediada pelos trabalhadores de uma obra no interior da universidade foi agravado em decorrência da falta de profissionais da vigilância. “Se tivesse segurança espalhado em vários cantos da UFPA essa estudante não teria ficado tão apavorada, mas todos que estudam aqui sabem que estamos inseguros e diante de uma situação dessa qualquer pessoa ficaria em pânico. Espero que seja feita justiça”, completou a estudante Vanessa Vieira.

INVESTIGAÇÃO

A equipe de reportagem foi até a Universidade Federal do Pará, na manhã de ontem, com objetivo de obter informações a respeito das investigações da denúncia de assédio sexual por parte da aluna. Mas a assessoria de comunicação informou que ninguém iria se pronunciar ainda a respeito do caso, uma vez que está sob investigação.

Mas a assessoria de comunicação enviou nota a respeito das medidas que estão sendo tomadas. A prefeitura da universidade esclareceu que desde o último dia 5 foi iniciada a investigação sobre o caso de agressão verbal contra a estudante da instituição. A ouvidoria da instituição já fez buscas das imagens de segurança e a estudante já identificou o grupo que praticou o assédio.

A universidade já está ouvindo os responsáveis pelo assédio com objetivo de identificar a conduta de cada um. Ainda de acordo com informações da assessoria, a universidade não tem registro de caso semelhante no interior da instituição e orienta toda vítima de violência ou assédio no campus a registrar ocorrência para que os agressores sejam punidos, uma vez que a universidade repudia qualquer tipo de violência ou preconceito e tomará todas as medidas cabíveis para quês os responsáveis sejam punidos.

Até o final da manhã de ontem, a equipe da Seccional do Guamá não tinha informações a respeito do caso, já que a ainda não tinha registrado boletim de ocorrência.
O liberal

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