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Hoje completa 10 dias que o design Ítalo Gadelha acordou e descobriu que sua motocicleta foi furtada da frente da casa onde mora, na Passagem Amaral, bairro do Marco, em Belém. A moto é uma Honda Biz, placa QDP-0062, de cor branca, e estava com a direção travada e alarme ativado. Mesmo assim, foi furtada. Ítalo registou Boletim de Ocorrência Policial na Delegacia Virtual, em seguida fez outra denuncia junto a Delegacia do Marco, que investiga o caso, mas até agora ninguém foi preso ou identificado e nem a motocicleta localizada.
A esperança do proprietário de moto é que a ação dos bandidos - ou do bandido – possa ter sido registrada pelas câmeras de segurança de um prédio próximo a residência. Ele próprio já pediu as imagens ao responsável pelo condomínio, que informou que só entregará o vídeo à Polícia. Por precaução, Ítalo deixou um pen-drive de 16 GB para que a mídia possa ser copiada.
No dia seguinte ao crime, a reportagem foi a delegacia do Marco pra obter informações sobre o andamento das investigações. Uma equipe de investigadores informou que um ofício já foi encaminhado ao proprietário do prédio, mas ainda não receberam as imagens. O que causou estranheza na vítima do furto, que ainda espera que pelo menos os suspeitos de terem furtado a moto sejam identificados pela polícia.
Questionado sobre a esperança de ter de volta a sua Honda Biz, Ítalo tenta ser otimista e espera que sim. E se for se basear pelo que apontam as estáticas cerca de roubos e furtos de veículos, no Pará, o design tem 37% de chances de conseguir de volta a sua motocicleta – já que este é o percentual de veículos roubados ou furtados que foram recuperados pela Polícia Civil no primeiro semestre deste ano.
Até o momento, Ítalo Gadelha não recuperou a sua moto (Foto: Divulgação)
Meta é recuperar 47% dos veículos
Dados apresentado, ontem pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), indicam que de 1º de janeiro de 2017 à 16 de julho de 2017 foram registrados 6.021 casos de roubos e furtos de motocicletas e veículos leves e pesados, no Pará. Ou seja, por dia 30 veículos são roubados ou furtados no
Estado. O índice de veículos recuperados é de 37% do total.
MOTIVAÇÕES
De acordo com o delegado Tiago Dias, que assumiu a DRFRV há cerca de 2 meses, o roubo e furto de motocicletas e carros está relacionado principalmente a clonagem e revenda dos veículos, ao desmanche para vender as peças e também para cometer assaltos (o que na maioria dos casos resulta no abandono do veículo após os crimes). “Existe ainda um alto índice de casos relacionados a fraude em seguros”, acrescentou o delegado.
Desde que assumiu esta delegacia, Dias implantou como metodologia de investigações a busca por toda a rede criminosa que envolve o roubo e furto de veículos. “Estamos investigando o receptador, o que roubou, o que desmonta o veículo para tirar as peças e aquele que adultera o chassis e a placa do carro”,
frisou Tiago, que tem estudado as estatísticas relacionadas a estes casos.
Depois de Belém, as cidades de Castanhal, Altamira, Marabá e Parauapebas são os locais onde a polícia mais consegue recuperar veículos e motocicletas roubadas. O que comprova que um número expressivo de veículos furtados ou roubados na capital é enviado para interior do Estado – onde a fiscalização é mais fraca. “Acredito que no próximo trimestre a gente consiga aumentar em 10% (totalizando a 47%) o total de recuperação de veículos roubados e furtados”, projetou.
(Denilson D`almeida/Diário do Pará)
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