O pesquisador Haroldo José de Matos, do Instituto Evandro Chagas (IEC), garantiu ontem que a Região Metropolitana de Belém enfrenta um processo epidêmico do zika vírus, doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti, o mesmo da dengue e da febre chikungunya. A afirmação é ratificada pelos dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa): dos 35 casos confirmados da patologia no Pará, 25 deles ocorreram na Grande Belém este ano. Ao todo, o Estado recebeu 161 notificações das vigilâncias municipais.
O Instituto Evandro Chagas se tornou referência nacional no diagnóstico de arbovírus, especialmente para os estados do Norte. Além da instituição, outros três laboratórios situados nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná utilizam a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), técnica de Biologia Molecular em que o vírus é isolado para identificar se se trata de zika. Matos informou que, a partir dessa distribuição, o Ministério da Saúde elaborou um protocolo de definição de casos suspeitos, através do sistema sentinela. “O que o ministério propõe é fazer a vigilância sentinela, não fazendo a confirmação laboratorial em todos os casos. A definição de caso, por si só, já é considerada uma confirmação, como na dengue. Chega um momento da epidemia que você não precisa mais confirmar laboratorialmente”, explicou.
A decisão impacta na realização de exames da demanda de pacientes identificados com zika e somente para aqueles encaminhados pelas vigilâncias municipais, dando preferências a casos de internados, gestantes e pessoas com problemas neurológicos. Este encaminhamento deve partir das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), hospitais, médicos da rede particular e médicos da Atenção Básica, por exemplo. É o chamado fluxo de pacientes, norma que deve orientar os profissionais de saúde dos estados e municípios. “Diante desse fluxo do ministério, a gente não está mais recebendo pacientes da porta.
O liberal
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