Trabalho nas ruas de Belém perpetua miséria na infância
O Brasil tem aproximadamente 60 milhões de crianças e adolescentes, um terço deles no Sudeste do País. Proporcionalmente, a região Norte tem o maior número de meninos e meninas em sua população. De 15,8 milhões de nortistas, 6,2 milhões são crianças e adolescentes, ou 40% da população. O Norte é também a região com pior percentual de acesso à água. Mais de 65% dos domicílios não têm rede de esgoto ou fossas sépticas. No Pará, 667 mil crianças e adolescentes vivem em extrema pobreza, segundo o Panorama Nacional da Infância e Adolescência, lançado em São Paulo, no dia 5 deste mês, pela Fundação Abrinq - organização sem fins lucrativos que promove a defesa dos direitos e o exercício da cidadania de crianças e adolescentes.
O “Cenário da Infância e Adolescência - 2016” mostra que mais de 3,3 milhões de crianças e adolescentes (entre 5 e 17 anos) trabalham. A exploração da mão de obra infantil no país cresceu 4,5% em 2014 em relação a 2013, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. Em 2013, havia 3,188 milhões de crianças e adolescentes na faixa de 5 a 17 anos trabalhando e o contingente subiu para 3,331 milhões em 2014.
Em 2013, na região Norte, 367,5 mil pessoas entre 5 e 17 anos trabalhavam, mais da metade deles - 197,6 mil - estavam no Pará, percentual de 9,5%, considerando a população menor de 18 anos no Estado. Em 2014, o número subiu para 223,9 mil jovens, percentual de 10,7%.
O liberal
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