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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Brasil tem 3.174 casos suspeitos de microcefalia pelo vírus No Rio foram registradas 118 ocorrências, segundo o Ministério da Saúde

Brasília — O número de casos de microcefalia no Brasil continua crescendo. Primeiro boletim de 2016 divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil acumula 3.174 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika. Estão na conta todos os casos registrados em 2015 e nos dois primeiros dias de 2016. Eles estão distribuídos por 684 municípios de 21 unidades da federação. Além disso, há 38 possíveis mortes ligadas à doença que estão sob investigação. Só no Rio de Janeiro, de acordo com este último boletim do Ministério da Saúde, foram registrados 118 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao zika vírus.

No boletim anterior, liberado na terça-feira da semana passada, eram 2.975 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika, distribuídos por 656 municípios de 20 unidades da federação. A novidade agora é o Amazonas, que registrou seu primeiro caso. Além disso, havia 40 possíveis mortes ligadas à doença que estão sob investigação. Em 2014, em todo o Brasil, foram registrados 147 casos suspeitos de microcefalia.

A microcefalia é uma malformação em que os bebês nascem com a cabeça menor do que o tamanho normal e, em 90% das vezes, está associada a retardo mental. O Ministério da Saúde comprovou a relação da epidemia da doença com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor de outras duas doenças: dengue e chikungunya. Os sintomas da febre zika são manchas vermelhas na pele, febre intermitente, conjuntivite, dores nas articulações, nos músculos e de cabeça. Mas em alguns casos, ela é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não apresenta sintomas.

O estado de Pernambuco continua sendo o que tem o maior número de casos suspeitos: 1.185. No último boletim, eram 1.153. Em seguida vêm outros do Nordeste: Paraíba (504), Bahia (312), Rio Grande do Norte (169), Sergipe (146), Ceará (139) e Alagoas (134). Depois aparecem Mato Grosso (123 casos suspeitos) e Rio de Janeiro (118). Apenas seis estados não têm casos suspeitos: Acre, Amapá, Paraná, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Quando se trata de óbitos suspeitos, Rio Grande do Norte está no topo da tabela, com 11 casos. Em seguida vêm Bahia (10), Paraíba (5), Sergipe (5) e Pernambuco (4). Ceará, Maranhão e Piauí têm um caso cada.

Há transmissão autóctone do vírus zika em 19 estados. Isso significa que a doença é transmitida dentro do próprio estado, e não trazida por alguém que se contaminou em outro local. Integram a lista: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.

O Ministério da Saúde informou também que já adquiriu 100 toneladas de larvicida para os estados do Nordeste, o que será suficiente para atender suas necessidades até junho deste ano. Disse que também capacitou mais 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de zika, totalizando 16. Outros 11 deverão ser capacitados ao longos dos dois próximos meses.

O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes adotem medidas para reduzir a presença do mosquito transmissor. Isso inclui eliminação de criadouros, usos de calças e camisas de manga comprida, aplicação de repelentes e, se possível, instalação de telas nas janelas.

DENGUE

Além da microcefalia, o ano passado foi marcado por um crescimento de 178,8% no número de casos de dengue, na comparação com 2014. O último boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde no mês passado, mostrava que, em 2015, até o dia 5 de dezembro, o Brasil registrava 1.587.080 casos suspeitos de dengue. São 782,6 casos por 100 mil habitantes. No ano anterior, no mesmo período (as primeiras 48 semanas), houve 569.160 casos de dengue, ou 280,7 por 100 mil habitantes.

Em 2015, até 5 de dezembro, houve também 839 mortes provocadas pela dengue, contra 465 no mesmo período de 2014, um crescimento de 80,4%. Além disso, foram 1.529 casos graves da doença, um aumento de 103,3% em relação aos 752 registrados no mesmo período no ano anterior.

A época de maior incidência da dengue costuma ser entre dezembro e maio. Em 2015, no entanto, o crescimento do número de casos começou mais cedo, a partir do fim de outubro. Das 27 unidades da federação, 17 tiveram um aumento da incidência em novembro, na comparação com o mês anterior, incluindo os sete mais populosos: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco. No geral, em 2015, o mês de maior incidência foi abril.

Até 5 de dezembro, o estado de São Paulo respondeu pela maior parte dos casos de dengue registrados no Brasil: 722.352, ou 45,5% do total. Mas foi Goiás quem teve a maior incidência: 2.437,8 casos por 100 mil habitantes, seguido de São Paulo (1.640,4). A maior parte dos casos - 93,7% - foi de dengue do tipo 1. Em seguida vêm oi tipo 4 (5,2%), tipo 2 (0,7%) e tipo 3 (0,4%).

No Rio de Janeiro, durante as 53 semanas epidemiológicas de 2015 (de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015), foram notificados 69.516 casos suspeitos de dengue no estado, com 22 óbitos: Barra Mansa (1), Campos dos Goytacazes (4), Itatiaia (1), Miracema (1), Paraty (2), Piraí (1), Porto Real (2), Quatis (1), Resende (8), e Volta Redonda (1). Em 2014, foram notificados 7.819 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro, com 11 óbitos.

CHIKUNGUNYA

O boletim também registrou em 2015, até 5 de dezembro, 17.131 casos autóctones (transmitidos dentro do Brasil) suspeitos de febre chikungunya, distribuídos pelos estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Sergipe. Não é possível comparar com o ano anterior, quando houve 3.657 casos autóctones, porque as primeiras transmissões dentro do país foram observadas em 2014. Dos casos suspeitos em 2015, 374 foram confirmados por critério laboratorial e 6.350 por critério clínico-epidemiológico. O restante estava sob investigação.
O liberal

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