Um novo tipo de preservativo que, além de evitar o contágio pelo HIV, aumenta o prazer sexual. É isso o que cientistas indianos e americanos afirmam ter desenvolvido, com patrocínio da Fundação Bill e Melinda Gates. A nova camisinha tem uma substância gelatinosa reforçada com antioxidantes que atacam o vírus da Aids caso ocorra rompimento do preservativo, mas esses mesmos antioxidantes “também estimulam as terminações nervosas e, por isso, geram maior prazer sexual”, garante Mahua Choudhury, pesquisadora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, nos EUA, onde o produto foi elaborado.
A expectativa é de que a recém-criada camisinha faça com que as pessoas desejem usar a proteção, em vez de simplesmente adotá-la por razões de saúde ou para evitar gravidez. Mahua lembra que muitas pessoas abrem mão dos preservativos por acharem que eles reduzem o prazer no sexo. O novo produto, portanto, encerraria tal questão.
— Isto (ter a nova camisinha à disposição) faria com que as pessoas comprassem um produto que as protege e, ainda por cima, torna a relação sexual mais satisfatória — disse a pesquisadora à “BBC”.
O mais interessante em relação ao novo produto, segundo Mahua, é que não há nada parecido no mercado que ajude a prevenir de forma tão eficaz o HIV. Ela afirmou que, até o momento, o preservativo ainda é um protótipo, mas já existe muito interesse em comercializá-lo. A cientista acredita que o produto estará à venda dentro de um ano.
Quanto ao preço, as expectativas são animadoras. Uma vez que o preservativo comece a ser fabricado em larga escala, o custo deve ficar em torno de centavos de dólar.
Há dois anos, a Fundação Bill e Melinda Gates pôs à disposição de empreendedores fundos de até US$ 100 mil para desenvolver uma “nova geração” de camisinhas mais finas e eficazes. O centro de pesquisas da Universidade do Texas foi um dos beneficiados.
O liberal
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