No inquérito que apurou o assassinato da subtenente Silvia Margarida, da Polícia Militar, além do autor do crime, Sebastião de Sousa Barbosa Neto, mais cinco pessoas foram indiciadas por terem dado guarida ao criminoso durante o tempo em que ele esteve no município de Santarém praticando assaltos.
De acordo com o delegado Jardel Guimarães, que presidiu o inquérito, Neto foi indiciado por latrocínio e associação criminosa. E seus comparsas: Francisco César Silva de Sousa, o Chiquinho, 34 anos; Paulo Cowboy; Igor Lima, o Espaguete; Jailson, conhecido como Gordo; e Maik, foram indiciados por associação criminosa.
“No caso específico do latrocínio, apenas o Neto foi indiciado, porque não houve participação de nenhum outro indivíduo na ação. Em todos os depoimentos prestados à polícia, Neto foi contundente em afirmar que sua intenção era roubar a arma da subtenente e que atirou porque a policial teria esboçado reação. Já no caso dos comparsas, o indiciamento foi por associação criminosa porque o grupo se uniu ao Neto para a prática de assaltos”, explicou delegado Jardel.
O inquérito foi concluído há mais de 10 dias e já foi remetido à Justiça. Cabe agora ao Ministério Público oferecer denúncia aos indiciados para que eles sejam processados e julgados.
O assassino da subtenente está preso em Belém, onde já responde processo penal por outros crimes. Francisco César continua recolhido no Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (Crashm) e os demais indiciados estão com prisão preventiva decretada pela Justiça.
A motocicleta utilizada por Neto nos assaltos e na abordagem que resultou na morte da subtenente Silvia está recolhida no pátio da 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Já a arma utilizada pelo acusado e a pistola subtraída da policial ainda não foram localizadas, apesar das diversas diligências realizadas pela Polícia Civil desde o dia 14 de dezembro de 2015.
Os assaltos a farmácias realizados por Neto em Santarém, com o apoio dos seus comparsas, estão sendo investigados pelo delegado da Especializada de Roubos, Henrique Boa Morte. Ao final dos inquéritos, Neto também será indiciado por roubo qualificado.
Entenda o caso
O assassinato da subtenente PM Silvia Margarida aconteceu por volta das 8h30 do dia 14 de dezembro do ano passado, quando a oficial caminhada pela Avenida Plácido de Castro esquina com Agripina de Matos em direção à casa de sua mãe, onde costumava tomar café da manhã.
Neto que havia praticado assalto à farmácia Big Bem localizada na Av. Sérgio Henn, em frente à sede do Panterão, minutos antes, empreendia fuga quando avistou a subtenente.
Imagens de uma câmera de segurança mostram que ao avistar a policial, Neto para a moto na esquina da Plácido de Castro e sai a pé em direção à subtenente que é surpreendida. Neto atira na cabeça de Silvia Margarida, subtrai sua pistola e corre até a moto antes que alguém tenha possibilidade de anotar a placa ou identificá-lo, o que só foi possível pelas imagens da câmera que foram comparadas às imagens do sistema de segurança da farmácia.
As buscas ao assassino iniciaram ainda na manhã do dia 14 e menos de 10 horas depois, Neto foi preso por uma guarnição da Polícia Militar do município de Rurópolis, para onde fugiu de ônibus.
Na delegacia de Rurópolis, Neto apresentou identidade falsa, mas pouco tempo depois a polícia descobriu seu verdadeiro nome.
Em seu depoimento, Neto confessou ter atirado na subtenente, mas desde a primeira declaração garantiu que a intenção era roubar a arma e que o tiro foi dado porque a policial teria reagido ao anúncio de assalto.
Matéria do site: http://oestadonet.com.br/ com adição de imagens por RPI
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