A Polícia Civil informou, através de nota oficial, que cumpriu, na tarde desta quarta-feira (20), o mandado de prisão contra um suspeito de envolvimento na morte do estudante Felipe Andryo, 19 anos. O jovem foi morto a tiros na porta da casa dele, no bairro da Cidade Velha, na madrugada do último domingo (17). A motivação do crime ainda não está esclarecida.
De acordo com a nota da polícia, a prisão do suspeito é temporária, com validade de 30 dias e foi solicitada pelo delegado Guilherme Macedo, que preside o inquérito. A prisão pode ser renovada por mais 30 dias ou convertida em preventiva, dependendo das investigações.
Ainda segundo a polícia, a Divisão de Homicídios não vai se pronunciar sobre o caso, nem prestar mais detalhes sobre a motivação e circunstâncias do crime. A polícia também não divulgará o nome do suspeito até aprofundar as investigações. O preso prestará depoimento da delegacia, passará por exame pericial de corpo de delito e será recolhido em uma unidade do Sistema Penitenciário.
A morte do jovem foi o segundo caso de violência no bairro da Cidade Velha, ocorrido no mesmo dia. O jornalista esportivo Diego Puget, teve seu cordão roubado e foi atacado por um grupo de assaltantes dentro de um bloco de carnaval. O jornalista foi ferido a golpes de estoque (arma branca artesanal). A vítima levou mais de 120 pontos, nas costas e braços.
Crime - Felipe Andryo foi assassinado com quatro tiros no peito, quando chegava em casa, no bairro da Cidade Velha, onde acabara de acompanhar um bloco de carnaval. Segundo testemunhas, um carro da cor cinza parou em frente a casa e um dos ocupantes do veículo efetuou os disparos.
Algumas pessoas teriam escutado gritos de uma mulher de dentro do carro no momento do crime. Ainda de acordo com a família, o jovem era evangélico, estudante, trabalhava e não tinha inimigos.
Segurança - Os casos levaram os órgãos de segurança a reforçar as ações na área onde ocorre a passagem dos blocos. Uma reunião, realizada na terça-feira (19), entre representantes das polícias Civil e Militar, e Detran, Corpo de Bombeiros, Ciop, Guarda Municipal, Semob, Sema e 13 diretores de blocos carnavalescos da Região Metropolitana de Belém (RMB) traçou algumas estratégias.
Os representantes de blocos forneceram informações sobre horários de concentração e dispersão de blocos para apoio no policiamento. Também ficou proibida a presença de ambulantes e do trânsito de carros automotivos no trajeto dos blocos.
Nesta quinta-feira (21), haverá nova reunião operacional entre os órgãos de segurança estaduais e municipais para delimitar o plano de ação que visa atender a passagem dos blocos.
O liberal
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