Prejudicadas pela desaceleração da economia brasileira, as companhias aéreas estão reduzindo a oferta de voos no País, como forma de compensar a forte redução na demanda decorrente da crise. Nessa estratégia de cortes para enfrentar os desafios desse momento desfavorável, o Estado do Pará surge como um dos principais prejudicados pela diminuição de voos. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Estado perdeu em um ano cerca de um quarto (23,6%) dos voos programados.
Em números, são quase 200 decolagens a menos nos aeroportos do Estado. Na última semana (de 18 a 24 de abril), por exemplo, foram 575 voos programados, enquanto que no mesmo período do ano anterior (de 20 a 26 de abril de 2015) foram 753. No mesmo período, os voos com origem em Belém sofreram uma queda de 20%, caindo de 415 para 334. Com exceção do aeroporto de Itaituba, o mais importante da região sudoeste do Estado, que ampliou de seis para 18 o número de voos programados por semana, todos os demais reduziram o tráfego aéreo entre 2015 e 2016.
De acordo com a Anac, o impacto da crise é maior nos aeroportos do interior do Estado. Em Marabá, os voos semanais programados tiveram redução de 38,7% (caiu de 80 para 49); em Carajás, 37,5% (de 32 para 12); em Altamira, 29,7% (de 84 para 59); e em Santarém, 17,7% (de 113 para 93). Em outros quatro aeroportos regionais a situação é ainda mais alarmante, uma vez que não registraram nenhuma operação na semana analisada.
O liberal
Nenhum comentário:
Postar um comentário