(Foto: Divulgação)
Os dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup) não apontam exatamente – de um total de 594 - quantos casos de estupros aconteceram no ambiente doméstico. Porém, sabe-se que eles lideram as estatísticas e as vítimas, em sua maioria, têm menos de 14 anos. Por isso os pais devem estar vigilantes e atentos ao comportamento dos filhos.
O psicólogo Paulo Monteiro observa que um dos fatores que contribuem para que o a violência sexual aconteça no seio familiar é o poder que o abusador tem sobre a vítima. “As vítimas são submissas em algum nível – em geral econômico ou emocional - ao agressor”, avalia o psicólogo.
Paulo também chama a atenção para a inteligência do indivíduo que comete o estupro. “Estudos nos mostram uma articulação da cognição acima da média”. Por isso considera que uma pessoa que estupra não pode ser equiparada a uma pessoa com doença mental, que tem perda de contato com a realidade.
“Ainda temos poucos estudos na área da Psicologia que tentam traçar o perfil psicológico de um estuprador. A maioria das pesquisas é feita pela Psiquiatria, que nos indicam que na maioria das vezes o estuprador possui bom convívio social”, acrescentou Paulo Monteiro.
TRAUMAS
A pessoa vítima de estupro seja ela criança, adolescente ou adulto fica com traumas difíceis de serem trabalhados e que vão exigir acompanhamento psicológico profissional. Além disso, no caso de crianças, por exemplo, o corpo passará por mudanças para as quais ainda não está preparado. “Primeiramente tem de se entender que o estupro é a relação sexual sem o consentimento de uma das partes”, definiu Paulo Monteiro.
“As consequências disso são o emocional devastado, uma autoimagem destruída e uma profunda dificuldade em estabelecer relações de respeito, admiração e confiança no futuro com as pessoas”, pontuou o psicólogo. (Denilson D`almeida)
ONDE DENUNCIAR E BUSCAR AJUDA?
Disque Denúncia - 180
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – Deam
Travessa Mauriti, 2394 - Marco, Belém
Telefones :(91) 3246-4862
Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulheres em Situações de Violência – Centro Maria do Pará
Endereço: Avenida Serzedelo Corrêa, n. 956
Telefone: (91) 3241-0433
Conselho Estadual dos Direitos da Mulher
Endereço: Rua 28 de setembro, n. 576 - Reduto
Telefone: 3225-4636
Conselho Municipal da Condição Feminina
Endereço: Tv. 3 de maio, n. 1963, bairro de São Brás
Telefone: (91) 3223-1202
Núcleo de Atendimento Especializado da Mulher - NAEM
Endereço: Rua Gurupá, n. 395 - Cidade Velha
Telefone: (91) 3272-2960
Ministério Público
Coordenadoria da Promotoria de Violência contra a Mulher
Endereço: Travessa Joaquim Távora, n. 412 - Cidade Velha.
Telefone: (91) 4008-0400 / 4006-3666
IMPORTANTE:
Nos municípios onde não existem especializadas, segundo a Polícia Civil, a vítima pode procurar qualquer delegacia de polícia para fazer o registro da ocorrência.
(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)
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