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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Lideranças foram ao Ministério da Justiça para cobrar a publicação da Portaria Declaratória da Terra Indígena Sawré Muybu


Na manhã desta terça-feira, dia 29, lideranças do povo Munduruku realizaram um protesto em frente ao Palácio da Justiça, em Brasília, pedindo a demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, no rio Tapajós, no Pará. A ação contou com a participação de mais de 80 indígenas e com o apoio do Greenpeace Brasil e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Foram utilizadas grandes letras vermelhas para escrever, no gramado em frente à entrada do prédio, a frase “Demarcação Já”. Também foram fincadas 180 flechas no local, representando os dias do prazo administrativo – expirado ontem (28) – para que o Ministério da Justiça defina sobre a publicação da Portaria Declaratória da terra reivindicada como tradicional pelos Munduruku.

A insistência do governo em construir hidrelétricas no rio Tapajós está no meio do caminho do processo de demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu. São Luiz do Tapajós, a maior das barragens planejadas, cujo licenciamento foi arquivado em agosto deste ano, alagaria parte da Sawré Muybu, onde estão localizadas quatro aldeias. No entanto, a Constituição Federal impede a remoção de povos indígenas de suas terras, exceto em ocasiões emergenciais, e, nestes casos, garante a eles o devido retorno.

Apoio – Mais de 1,3 milhão de pessoas ao redor do mundo se juntaram à luta dos Munduruku pela proteção do Tapajós. “Nós sabemos que a terra é nossa e vamos cuidar dela. A gente vive da terra”, explica Juarez Saw Munduruku, cacique da Terra Indígena Sawré Muybu. “Os brancos também sabem que aquela parte é nossa, mas mesmo assim não respeitam os nossos limites. A demarcação nos dá mais proteção para que invasores não entrem na nossa terra”, conclui ele.

Fonte: RG 15/O Impacto e Jéssika Oliveira/Greenpece

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