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terça-feira, 1 de agosto de 2017

BANCO DA AMAZÔNIA DESTINA R$350 MILHÕES PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

Agricultores familiares da região amazônica já podem acessar os recursos do Plano Safra 2017/2018 por meio do Banco da Amazônia, que disponibiliza R$ 350 milhões para projetos agrícolas alinhados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no período que vai do dia 1º passado a 30 de junho de 2018. 

Segundo a gerente de Microfinanças e Agricultura Familiar do Banco da Amazônia, Cristina Lopes, o Plano Safra 2017/2018 apresenta as mesmas taxas do plano safra passado. Porém, as culturas ligadas à cesta básica alimentar apresentam taxas de juros reduzidas de 2,5% ao ano. “As demais culturas que não estão ligadas diretamente à formação da cesta básica estão com 5,5% ao ano, que ainda é uma taxa muito boa e atrativa para o agricultor familiar”.

Cristina informa que as mudanças no Plano Safra 2017/2018 incluem o financiamento de caminhonete cabine simples para o agricultor familiar a uma taxa de 5,5% ao ano e com prazo de cinco anos para pagamento. “É uma possibilidade que está voltando agora neste Plano Safra”, diz.

Nas últimas cinco safras, o Banco da Amazônia aplicou em torno de R$ 3,15 bilhões na Amazônia com recursos do Pronaf. Somente no Plano Safra 2016/2017, foram contratados R$ 348 milhões em recursos até junho passado, em 11.905 contratos. Do total dessa safra, R$ 194,4 milhões foram investidos no Pará, em 5.860 contratos.

BENEFICIADA

Um destes contratos foi realizado com a agricultora familiar Benedita Almeida do Nascimento, moradora do município de Abaetetuba-PA. Ela foi uma das beneficiárias dos recursos do Pronaf Mais Alimentos do ano passado. Benedita conta que antes do financiamento, sua produção era restrita a culturas como mandioca e arroz. Após a obtenção dos recursos do Pronaf junto ao Banco da Amazônia, ela formou um pasto na sua propriedade e passou a ter um pequeno rebanho bovino. Também foi possível criar um curral com boa estrutura, adquirir balança para pesar o gado e melhorar a sua plantação de dendê. Ela integra um grupo de 150 famílias que vende este produto para a Agropalma. Com o investimento, também aumentou sua produção mensal e agora fatura em média R$ 7 mil, no período da safra.

Cristina Lopes destaca que o Plano Safra continua sendo vantajoso para o agricultor familiar. “As taxas estão adequadas. Temos público para atender. O banco tem feito um atendimento mais cuidadoso, no sentido de que tenhamos um agricultor que tenha experiência na sua atividade e que entenda que esse crédito precisa retornar para a instituição

ACESSO AO PRONAF

- O acesso aos grupos e linhas do Pronaf é destinado aos agricultores e agricultoras familiares, assentados da reforma agrária, extrativistas, silvicultores (agricultores que cultivam florestas), pescadores artesanais, aquicultores (criadores de peixes, camarões, etc.), jovens, mulheres, comunidades quilombolas e povos indígenas que possuem enquadramento no programa.

- Para enquadrar o agricultor familiar como beneficiário do Pronaf, ele deve possuir até quatro módulos fiscais de terra conforme definição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 50% da renda deve ser oriunda da atividade agropecuária desenvolvida no próprio estabelecimento rural, renda bruta de até R$ 360 mil por ano. O agricultor pode ter um número de empregados correspondente à mesma quantidade de pessoas que há na família. “É uma mudança importante porque antes esse número de empregados era inferior ao número de pessoas na família. Quando havia casos de agricultores que moravam sozinhos, ficavam impedidos de possuírem empregados”, informou a gerente de Microfinanças e Agricultura Familiar do Banco da Amazônia, Cristina Lopes. 

(Diário do Pará)

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