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Durante reunião realizada na última quarta-feira (22) em Santarém, que tratou sobre o naufrágio ocorrido nas proximidades do município de Óbidos, oeste paraense, foi cobrada a antecipação dos trabalhos de reflutuação do barco e rebocador afundado. O acidente ocorreu no dia 2 de agosto.
A exigência foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e familiares dos desaparecidos no naufrágio. O encontro ainda contou com a presença de outros órgãos que estão atuando no caso, como o Corpo de Bombeiros.
A cobrança foi feita à empresa proprietária do rebocador, a Transportes Bertolini.
A previsão dada pela Bertolini e empresa seguradora responsáveis pelo resgate era que a reflutuação só pudesse ocorrer entre o final de outubro e início de novembro, quando a vazão do rio Amazonas tende a diminuir.
No entanto, as famílias, o MPF e o Corpo de Bombeiros alertaram sobre o risco de que o resgate possa ficar inviável caso venha a ser tentado só daqui a dois meses, tendo em vista que até lá a embarcação poderá estar soterrada no fundo do rio.
Representantes das famílias dos nove desaparecidos indicaram à Bertolini uma empresa em Manaus (AM) que provavelmente tem a infraestrutura necessária para realizar os trabalhos ainda em setembro.
As famílias estão em uma situação de bastante angústia, e precisam ter a certeza de que todas as providências possíveis estão sendo tomadas", ressalta o procurador da República Camões Boaventura, representante do MPF na reunião.
NOVO PLANO
Uma nova reunião entre os órgãos públicos, as famílias e as empresas envolvidas no caso foi marcada para a próxima segunda-feira (28) às 9 horas, na sede da OAB em Santarém.
Ainda de acordo com o MPF, nessa reunião, a Bertolini deverá apresentar um diagnóstico sobre as condições de correnteza e profundidade do local onde o rebocador se encontra, e a empresa amazonense de salvatagem deverá apresentar um plano de resgate da embarcação.
Se o plano for considerado viável pelas instituições participantes da reunião, as informações sobre o planejamento serão encaminhadas para avaliação final da Capitania dos Portos, da Marinha.
Atuação conjunta: o MPF atua no caso em parceria com o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) para investigar eventuais crimes ou omissões que possam ter contribuído para o naufrágio.
(Com informações do MPF Pará)
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