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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

PERITOS DO RENATO CHAVES DECIDEM PARALISAR AS ATIVIDADES A PARTIR DE SEGUNDA (11)

Greve dos servidores do Centro de Perícias Científicas tem como objetivo conquista de melhores condições de trabalho 

Foto: Fábio Costa

O grupo operacional de pericia do Pará fará uma paralisação de 12 horas na próxima segunda-feira (11). O objetivo é chamar a atenção dos representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social  para a importância do trabalho realizado pelos servidores, que nos últimos cinco anos negociam com a administração pública melhores condições de salário e  trabalho.

A decisão pela paralisação ocorreu na manhã de hoje (06) e reuniu a categoria que votou em assembleia. O perito criminal Eriko Nery explica que a mobilização surge de uma união da categoria por melhorias. "Independente de associação ou sindicato decidimos paralisar. O trabalho da pericia é fundamental. Ela conduz um inquérito policial, por exemplo, e até mesmo a decisão de um juiz. O desafio é que o trabalho que estamos realizando hoje está em uma situação calamitosa. Realizamos o trabalho na cara e na coragem. Um perito não trabalha com achismo, mas sim aplicamos a ciência", explica.

Entre as reivindicações estão o reajuste nas gratificações de pericia judiciaria e risco de vida em 100% para cada um e incorporação do abono salarial ao salário base, que hoje está em torno de R$ 1,400. "Esse é o salário base, o restante da remuneração é composto de gratificações que dependem também da especialização do perito. Por isso há variações. No entanto, quando houve o concurso há 10 anos, o nosso salário era equiparado a de um delegado de polícia. Os anos passaram e não houve reajuste e ele ficou totalmente defasado", lamenta Nery.

Atualmente há 250 peritos criminais no Pará. A categoria também chama a atenção para a necessidade de um novo concurso público. O último foi realizado em 2007. De lá para cá, o quadro de servidores reduziu. "Esse é o total para todo o Estado, com uma média de 7 milhões de habitantes. De distancias enormes em que os peritos precisam se deslocar. Além disso, enquanto o número de servidores reduziu, houve paralelamente uma curva de crescimento da violência. A demanda de trabalho é grande e as condições para a realização da perícia  precisam melhorar, porque é uma atividade desgastante", diz.

Diante da falta de uma politica de remuneração e sem avanços nas negociações com a Segup, a categoria decidiu paralisar no próximo dia 11 de setembro. Das 7 h as 19h, 100% dos peritos criminais, médicos legistas e os assistentes técnicos e auxiliares de pericia irão cruzar os braços. "Não é uma greve, vamos paralisar para chamar a atenção para as nossas reivindicações", explica o perito.

Fonte: Portal ORM com informações de O Liberal

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