O Pará ocupa o quinto lugar no ranking nacional com 25 casos por cada 100 mil habitantes, segundo o mais recente boletim epidemiológico de HIV / Aids, emitido pelo Ministério da Saúde, em dezembro do ano passado.
Diante desses número, o Dia Mundial de Luta contra a Aids tem a função de não só informar sobre os sintomas, perigos e formas de prevenção da doença, mas também auxiliar no combate contra o preconceito que os portadores de HIV sofrem na sociedade por causa da doença.
Segundo a Secretaria de Saúde Pública (Sespa), em 2018, entre os meses de janeiro e julho, 697 adultos e seis crianças foram diagnosticados com o vírus HIV no Pará e já estão em tratamento. Ainda nos primeiros sete meses deste ano, 307 adultos e quatro crianças desenvolveram os sintomas da Aids.
Pará teve redução de óbitos por Aids
Desde o primeiro semestre deste ano, uma nova estratégia de prevenção à contaminação pelo vírus da Aids passou a ser oferecida na rede pública de saúde do Pará, a começar por Belém: a profilaxia pré-exposição, conhecida como PrEP, baseada no uso de medicamentos antirretrovirais (ARV) e com chances de prevenir a infecção pelo HIV em até 90% quando usada de forma correta. O método é indicado para casos específicos dentro de grupos de vulnerabilidade, possui efeitos colaterais e em nenhum momento poderá substituir o uso de preservativos.
Conforme agenda do governo federal anunciada em dezembro de 2017, que já previa a distribuição gradativa às cidades com mais casos de HIV/Aids, Belém foi incluída na agenda para recebimento a partir deste segundo semestre de 2018, segundo a Sespa.
Assim, a terapia PrEP tem sido enviada pelo Ministério da Saúde para ser distribuída pela Secretaria de Saúde Pública, a princípio, pela Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), mantida pela Sespa em Belém, e no Centro de Atenção à Saúde nas Doenças Infecciosas Adquiridas (Casa Dia), mantido pela Prefeitura de Belém.
Levantamentos da Coordenação Estadual de DST/Aids apontam que só em 2018, pelo menos até julho, 384 pessoas foram a óbito por Aids no Pará, na maioria homens, numa proporção que ultrapassa os 60%.
Os 10 municípios paraenses que registraram mais mortes acumuladas entre 2014 e julho deste ano, de acordo com a Sespa, foram Belém (1.083 óbitos), Ananindeua (285), Marabá (124), Santarém (84), Castanhal (70), Marituba (61), Bragança (60), Itaituba (57), Tucuruí (47) e Paragominas (39).
Em relação às faixas etárias que predominam estar com a infecção no Pará, dados da Sespa apontam que são as que estão entre 20 e 30 anos; 30 e 40 anos e de 50 a 60 anos.
TRATAMENTO E REDUÇÃO DE ÓBITOS
Em relação ao número de óbitos, no período de 2014 a 2017 houve uma redução de mais de 4,8% no coeficiente de mortalidade no Pará, que passou de 8,2 para 7,8 óbitos por 100 mil habitantes.
A equipe do DOL acredita na divulgação de informação como forma de lutar contra a Aids. (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)
No decorrer do ano passado, 1.797 adultos e 15 crianças foram diagnosticados com o vírus HIV e iniciaram tratamento pelo SUS no Pará. No mesmo período, outros 798 adultos e 14 crianças manifestaram os sintomas da doença, composta por um quadro de enfermidades ocasionadas pela perda das células de defesa em decorrência da infecção pelo vírus HIV.
Pará é o 5º em casos de HIV/Aids
Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), só nos primeiros quatro meses (janeiro, fevereiro, março e abril) deste ano, 353 pacientes, dos quais 170 mulheres, precisaram ser internados para conter o avanço das sequelas da Aids em hospitais de média e alta complexidade no Pará.
Estes fazem parte do universo de aproximadamente 10 mil pessoas, entre adultos e crianças, que fazem tratamento para HIV/Aids no Pará por meio de uma rede de serviço própria para o trabalho de prevenção e para o monitoramento dos pacientes soropositivos.
Ao todo, estão disponíveis no Pará 74 Centros de Testagens e Acolhimento (CTAs).
(Com informações da assessoria)
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