Um guardador de carros foi assassinado com quatro tiros, no início da tarde de ontem, na travessa São Pedro. A vítima morreu na calçada de uma faculdade localizada atrás do shopping Pátio Belém. Testemunhas disseram à polícia que dois homens, que chegaram ao local em uma moto, foram os responsáveis pela execução de Rodrigo Farias Pastana, de 37 anos. Apesar de algumas pessoas conhecerem o rapaz e afirmarem que ele era trabalhador, policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) receberam informações de que Rodrigo cometia pequenos furtos e arrombamentos de carros de quem não era cliente dele, além de ser usuário de drogas. Câmeras de segurança instaladas na área filmaram a ação dos assassinos.
O corpo de Rodrigo foi reconhecido por sua companheira e foi ela quem o identificou formalmente, já que a vítima não portava qualquer documento na hora do crime. Para os policiais da DH, o flanelinha foi morto quando estava sob efeito de álcool ou drogas. A companheira da vítima revelou que Rodrigo havia brigado com alguns outros guardadores de carros da área e, durante a briga, teria agredido uma mulher. Devido à inconsistência dos relatos, a polícia ainda não definiu uma linha de investigação para esclarecer o crime.
Os dois homens que mataram a vítima, como relataram testemunhas aos policiais militares e civis, estavam sem capacetes e Rodrigo estava sentado na calçada, exatamente no cruzamento da São Pedro com a passagem Guilherme de Seixas, quando foi abordado. Há várias câmeras de segurança instaladas naquele local que poderão identificar os executores. A Seccional do Comércio, que ficará responsável pelo inquérito, deverá solicitar as imagens captadas pelos equipamentos.
No local onde a vítima tombou, outros guardadores - eles não estavam uniformizados como Rodrigo e um deles aparentava estar alcoolizado - confirmaram que a vítima trabalhava no local desde criança e que tinha algumas desavenças com determinadas pessoas, mas não citaram nomes. Nenhum dos três supostos colegas de Rodrigo quis se identificar.
O perito criminal Lemanski Sandro, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, disse que havia quatro ferimentos provocados por balas e o exame necroscópico poderia identificar se uma quinta lesão seria outro ferimento de raspão, já que os policiais militares informaram que testemunhas ouviram cinco estampidos de tiros. “A companheira dele chegou a dizer que eles moram no Jurunas e praticamente moram na rua”, disse. Os supostos colegas de Rodrigo disseram que ele residia Guamá, mas ia para o Jurunas com frequência. O exame também vai identificar o calibre dos projéteis que o mataram.
Este é o segundo guardador de carros que morre na via e no mesmo perímetro em menos de dois meses. Na noite do dia 28 de novembro do ano passado, Everaldo Leão, de 32 anos, foi morto a tiros por desconhecidos que chegaram ao local num veículo prateado de marca e modelos não identificados, provavelmente, acreditam os policiais, integrantes de grupos de extermínio ou milícias.
O liberal
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