A alta velocidade de um Honda Civic que trafegava na travessa Padre Eutíquio próximo avenida Bernardo Sayão, na Cremação, na madrugada de ontem, chamou a atenção dos policiais que estavam na viatura 2013 do 20º Batalhão da Polícia Militar, que estava em ronda de rotina pelo local. O cabo F. Júnior fez a abordagem após interceptar o veículo após perseguição e durante a revista descobriu que o motorista e os quatro passageiros estavam envolvidos no homicídio contra uma usuária de drogas cuja família pediu para que a vítima não fosse identificada. Mauro Campos Oliveira confessou que efetuou os disparos contra a vítima minutos antes da prisão.
O cabo F. Junior disse que estava em ronda com a equipe policial pelo bairro da Condor quando viu o carro em alta velocidade. A viatura resolveu ir atrás do Honda Civic e fez a abordagem após breve perseguição. “Quando eles perceberam que nós estávamos fazendo a perseguição resolveram parar e nós fizemos a revista no carro”, disse o policial militar. Em um primeiro momento, Mauro juntamente com dois casais, que estavam no carro, alegou que haviam escutado um tiroteio e, por isso, resolveu acelerar o carro para fugir do local.
Mas os policiais não ficaram convencidos com a justificativa do grupo de jovens e fizeram a revista no veículo. Durante as buscas foi encontrado um revólver calibre 38 com cinco munições. A equipe policial voltou até ao local de onde o grupo fugiu, uma vila localizada na travessa Padre Eutiquio, e lá identificou que a usuária de drogas de 34 anos havia acabado de ser assassinada com vários disparos. Interrogado, Mauro confessou que foi autor dos disparos.
Mauro e os amigos foram apresentados na Seccional de São Brás, onde foi feito o procedimento de flagrante pelo crime de homicídio. Na unidade policial, o delegado de plantão não passou informações detalhadas à reportagem, alegando que em decorrência do procedimento em andamento não tinha como atender à imprensa.
Bastantes abalados, alguns parentes da vítima estavam na unidade policial acompanhando o procedimento e disseram que a mulher era dependente química. Há poucos dias, ela veio do bairro do Distrito Industrial, em Ananindeua, para passar uns dias na casa da avó, na Condor. E no sábado, ela teria passado a madrugada fora de casa. Os familiares só tiveram conhecimento do crime quando ouviram os estampidos dos disparos efetuados por Mauro. A mulher foi assassinada quando estava às proximidades da casa da avó.
Ainda na unidade policial, os familiares de Marielma acionaram a Corregedoria, pois passaram a desconfiar da conduta dos policiais durante o momento da prisão. Inclusive, relataram que tinham medo de falar com a imprensa a respeito do crime por temerem represálias. Eles pediram também que o nome da vítima fosse citado na reportagem.
O liberal
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