No feriado da Sexta-feira Santa, dia celebrado pelos cristãos em homenagem à morte do personagem bíblico Jesus Cristo, em que até o consumo de carne vermelha é suspenso, foi também o dia de mortes em Belém e Marituba, o que indica que nem no feriado santo a violência dá trégua na cidade e Região Metropolitana. O primeiro registro aconteceu ainda na madrugada, por volta das 5h, quando um homem sem identificação foi assassinado, na rua Tapajós, bairro Dom Aristides, em Marituba.
No estilo “malhação do Judas”, o discípulo que traiu Jesus, em ritual que fiéis espancam um boneco que representa o personagem traidor, no sábado de aleluia que acontece em alusão à Sexta-feira Santa, a vítima foi espancada até a morte com pauladas e pedradas. Os autores não foram identificados, já que eles fugiram antes da chegada da polícia, que também não apurou informações porque os moradores adotaram a lei do silêncio.
E NA CABANAGEM...
O segundo homicídio no feriado aconteceu na hora do tradicional almoço sagrado, quando Jean Santana de Lima, 23 anos, foi assassinado na borracharia em que trabalhava, localizada na avenida Brasil, no conjunto Jardim Sideral, bairro da Cabanagem, na Grande Belém.
Jean Santana foi morto com três tiros. Polícia investiga as circunstâncias do crime, para chegar até os matadores. (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)
De acordo com os peritos do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, Jean Santana de Lima foi morto com 3 tiros. “Um tiro acertou o peito e os outros dois atingiram as costas. Talvez porque depois que ele recebeu o primeiro tiro deve ter tentado correr e ficou de costas para o atirador”, disse Mariluzio Moreira, perito criminal.
A chegada dos policiais da Divisão de Homicídios (DH) não significou descobrir informações sobre o caso. “Só apuramos a informação de que os assassinos estavam numa motocicleta, mas nem a placa as testemunhas conseguiram anotar. Vamos ter de abrir um inquérito para descobrir quais as causas da morte dessa vítima”, disse a delegada Cristina Esteves, da Divisão de Homicídios.
(Alexandre Nascimento/Diário do Pará)
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