Quatro horas de terror Dupla tentou assaltar açougue, no bairro do Jaderlândia, armada com dois revólveres calibre 38, mas foi cercada pela polícia e fez cinco reféns

Dois homens fizeram cinco pessoas de uma mesma família reféns por quatro horas, em Castanhal, na tarde deste sábado, no bairro Jaderlândia. Os dois assaltantes estavam armados com revólveres calibre 38 e tentavam assaltar um açougue e quando uma viatura da Polícia Militar chegou ao estabelecimento, invadiram a casa da família. A negociação foi cansativa e tensa devido a um refém ter dez anos e outro 14. O entorno do imóvel ficou cercado de curiosos. Após a rendição, várias pessoas tentaram espancar Carlos Felipe Oliveira de Sales e Diego Raimundo Miranda Cardoso, que foram conduzidos até a Delegacia de Castanhal. Os dois já têm antecedentes criminais.

A tentativa de assalto começou aproximadamente às 11h30. O sargento Paulo César Costa Silva, da Polícia Militar recebeu a informação pelo Núcleo Integrado de Operações (NIOP), que repassou a denúncia de assalto ao açougue. Quando chegaram ao local, os policiais viram uma mulher chamando pelo nome do dono do açougue. Ela disse ter achado estranho o local estar fechado àquela hora. Os policiais que acompanhavam o sargento começaram a rondar o local e viram um carro Fox (placa OTD-2595, sem notificação de roubo) parado, ligado e com a chave na ignição. Tentaram chamar o comerciante pelo interfone e não tiveram resposta, desconfiando imediatamente.

O sargento iniciou o cerco e isolamento da Rua Dom João VI e anunciou que a polícia já havia cercado o local. O policial também chamou apoio e o tenente Mariano assumiu as negociações, tendo de garantir coletes à prova de balas e a presença de familiares e da imprensa. Os reféns não se machucaram, mas ficaram muito assustados. Parte da demora na negociação foi pela distância da moradia das famílias de Carlos e Diego. A negociação começou às 11h45 e só terminou às 15h30.

Na delegacia, Diego e Carlos não quiseram ser entrevistados, mas em depoimento deram informações confusas que os policiais civis acreditam que eram para encobrir um terceiro membro do grupo, possivelmente o motorista do carro. Como conseguiram o carro e as armas, dois revólveres da marca Taurus com cinco munições cada, os assaltantes não revelaram. O delegado Fábio de Andrade Pereira os autuou por roubo majorado (uso de armas, em parceria com uma ou mais pessoas e tomada de reféns) e cárcere privado.

O liberal