Ângela Maria Pereira: preços altos ante as epidemias e a necessidade constante de compra de medicamentos
O setor farmacêutico está na expectativa do anúncio oficial do governo quanto ao reajuste previsto de 12,5% sobre o valor dos medicamentos. A alta da energia elétrica e as variações do câmbio tiveram grande influência no índice deste ano. Além disso, apenas uma faixa de reajuste deve ser divulgada pelo governo, diferente do ano passado, quando três faixas foram divulgadas para medicamentos de classes terapêuticas distintas. Essa mudança deve acontecer porque o índice de produtividade da indústria farmacêutica diminuiu, ou seja, a relação entre pessoas empregadas e produção foi menor.
O reajuste calculado supera as taxas de inflação, mas o acumulado dos últimos 10 anos continua abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em quase 18 pontos percentuais. Entre 2007 e 2016, a inflação aferida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta crescimento de 79,3%, enquanto os reajustes da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) chegaram a 61,2%.
“Essa diferença mostra que, apesar do reajuste deste ano, os medicamentos continuam com seus valores corrigidos abaixo da inflação”, afirmou Antônio Britto, presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
O liberal
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