Marcos Vanderly dos Santos Baudes, de 36 anos, trabalhava normalmente, mas vivia escondido. Na manhã de ontem (11), ele foi capturado, acusado de ser o assassino de Renata Silva Caxias, de 21 anos, sua própria esposa com quem conviveu por 6 anos e teve um filho. O crime aconteceu em maio do ano passado mas somente em fevereiro último, sua prisão preventiva foi decretada.
Marcos foi preso por policiais civis da Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) da Terra Firme na padaria em que trabalhava no bairro. A prisão dele aconteceu depois de uma denúncia feita através do Disque-Denúncia (181), indicando onde ele estava. O delegado Victor Manfrini Braga explicou que Marcos foi o principal suspeito de matar a pauladas a sua companheira, dentro da própria residência do casal, localizada na passagem Brasília, bairro da Terra Firme com um agravante: o crime aconteceu na presença do filho, uma criança de idade não revelada. A jovem chegou a ser socorrida e ficou internada por oito dias no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Enquanto isso, Marcos fugiu.
“Ele ainda levou o telefone celular dela. Com as investigações, o delegado João Carlos, que presidiu o inquérito policial, solicitou à Justiça a prisão preventiva dele, que foi decretada em 16 de fevereiro desse ano”, explicou Victor Braga. “É importante que a população continue fazendo denúncias e nos ajudando com informações”.
À reportagem, Marcos foi contraditório: se por um lado alegou que a esposa havia caído da escada, por outro informou que iria pagar pelo crime. “Ela era ciumenta. Naquele dia eu cheguei do trabalho e ela partiu para cima de mim, caiu da escada e bateu a cabeça. Eu fugi porque ali é perigoso. Se alguém me pega...fiquei com medo”, falou, para, em seguida, completar: “Agora eu vou pagar pelo que fiz”. Ainda segundo ele, estava morando no estabelecimento em que trabalhava como padeiro.
JUSTIÇA
Quando o laudo do Instituto Médico Legal apontou que a morte da jovem foi em decorrência da gravidade das lesões, a família formalizou a denúncia na UIPP contra Marcos. A morte foi registrada como homicídio e cometido por Marcos.
Segundo o irmão de Renata, Nazareno Caxias, as agressões e ameaças eram constantes. “Ele era uma pessoa muito agressiva e sempre ameaçava a Renata. Algumas vezes ela fugia dele e ia se hospedar lá em casa, mas depois se acertava com ele e voltavam”, revelou Nazareno.
Ainda segundo ele, a motivação para o crime ainda é misteriosa. “O que sabemos através dos pais do Marcos é que, no dia da agressão, ele e minha irmã estavam numa boa pela manhã. Mas, de tarde eles tiveram uma briga, que não sabemos o motivo, e ele espancou a Renata muito forte”, complementou Nazareno.
(Emily Beckman/Diário do Pará)
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