Campanha de vacinação deve ser realizada de 30 de abril a 20 de maio. 24 casos suspeitos foram registrados no início deste ano no estado.
Idosos, crianças de 6 meses a 4 anos, grávidas e mulheres lactantes deverão ter prioridade na imunização contra o vírus H1N1. (Foto: José Pantoja/Sespa)
Com o registro de 24 casos suspeitos de H1N1 no primeiro trimestre de 2016 no Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que deve distribuir 1,8 milhão de doses da vacina contra o vírus aos municípios. O mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Sespa, em Belém, apontou 4 casos confirmados da doença e uma morte registrada até o dia 29 de março deste ano.
“Para combatê-lo não basta só vacinar, é preciso mudar os hábitos também. Não são os sintomas que matam, e sim, as complicações, como pneumonia, insuficiência respiratória aguda e pouca oxigenação do cérebro, a chamada hipoxia”, detalha Consuelo Oliveira, infectologista e professora da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
A campanha nacional de imunização contra a gripe Influenza A deve ser realizada de 30 de abril a 20 de maio. Os pacientes que compõem o grupo de risco devem ser priorizados no primeiro momento da campanha, entre eles estão grávidas, crianças de 6 meses a 4 anos, trabalhadores da área da saúde, mulheres lactantes, índios, presidiários, funcionários do sistema penal, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, pessoas a partir de 60 anos, hipertensos, renais crônicos e diabéticos
A confirmação do diagnóstico é feita após análise da secreção do paciente nos primeiros dias. No Pará, apenas o Instituto Evandro Chagas e o Laboratório Central (Lacen) estão aptos para fazer os exames, porém, não são todos os casos que são submetidos à análise.
“Os exames só são feitos em casos graves, quando a Secretaria é acionada pelas unidades de saúde”, adverte Consuelo Oliveira.
Sintomas e tratamento
A gripe provocada pelo H1N1, em muitos casos, dura em média de sete a 10 dias. Os sintomas são parecidos com a dengue, exceto as complicações por problemas respiratórias. O quadro é caracterizado por tosse, febre alta, coriza, espirro, dor de cabeça e no corpo e abatimento. O contágio ocorre por meio de partículas respiratórias liberadas durante a tosse e o espirro de pessoas contaminadas pelo vírus.
A adoção de medidas simples, como lavar as
mãos ou usar álcool em gel podem ajudar a evitar
a contaminação pelo vírus.
(Foto: Reprodução/ EPTV)
O tratamento inicial requer o uso mínimo de medicamentos, além de ingestão de vitamina C e de bastante líquido, somados ao repouso.
“Deve-se tomar remédios sintomáticos, ou seja, para febre, tosse, sempre que precisar, porém, sob prescrição médica”, orienta a infectologista.
Diante de sinais de insuficiência respiratória (dispnéia), cor arroxeada dos dedos e boca (cianose) e batimento de asa de nariz (mais comum em crianças pequenas), o indicado é procurar um atendimento médico para que, se necessário, seja feito um tratamento à base de Tamiflu.
Diante dos recentes casos, é preciso tomar cuidados simples e básicos para evitar a doença, como lavar bem as mãos com água e sabão, fazer constantes higienizações com álcool em gel e não permanecer em lugares com grande concentração de pessoas.
Do G1 PA
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