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domingo, 25 de setembro de 2016

Imprudência no trânsito já fez mais de 500 vítimas na Transamazônica

A imprudência e o desrespeito às leis de trânsito já fizeram mais de 500 vítimas de acidentes na região da Transamazônica só nos primeiros oito meses deste ano. O elevado número de acidentes também vem afetando o sistema público de saúde, que não possui estrutura suficiente para atender à grande demanda. As informações são do G1 Pará.

“Infelizmente acontecem muitos acidentes com vítimas fatais e não fatais e nós estamos trabalhando no setor de educação para que haja essa redução”, explica Laire Márcia Bastos, educação no trânsito Demutran.

Apenas no município de Altamira, no sudoeste do Pará, foram registrados 563 acidentes, sendo 186 deles envolvendo motociclistas, com 249 pessoas ficaram feridas e três morte. Os dados são referentes ao período de janeiro a agosto deste ano.

O trabalhador rural Rony Ferreira da Costa integra a preocupante estatística: sofreu um grave acidente na zona rural do município de Vitória do Xingu, sofreu uma cirurgia, mas está com sequelas e precisará ser operado novamente.

“Eu saía de Belo Monte e fui abastacer a moto, aí chegando na fazenda, colidi com um carro que vinha na contramão. Fiquei desempregado, sem poder trabalhar”, conta.

Superlotação

A maior parte dos atendimentos de primeiros socorros do Corpo de Bombeiros é feita a pessoas feridas em acidentes nas ruas de Altamira.

“Nós temos  verificado uma superlotação no sistema de saúde, seja no Hospital Regional, seja na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h, isso por conta da falta de educação da própria população no que tange às regras de trânsito”, esclarece o capitão do Corpo de Bombeiros Celso Piquet.

Os casos de média e alta complexidade são encaminhados para o Hospital Regional Público da Transamazônica, que atende pacientes de 9 municípios da região, mas o Hospital diz que não tem condições de atender a demanda e o tempo de espera por um leito pode ser longo.

Atualmente, só em Altamira, 322 pessoas que têm fraturas ósseas aguardam na fila por uma cirurgia. O hospital tem 97 leitos e 70% deles são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito.

“O Hospital Regional não é um hospital especializado em trauma somente, é um hospital de nível terciário para atender alta e média complexidade de várias outras doenças. A gente acaba tendo que atender a todos esses pacientes e isso acaba impactando, com certeza, no atendimento do todo”, detalha o médico Leonardo Rodrigues.

Fonte: O Xingu

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