(Foto: Antônio Cícero/Arquivo)
A bancada de oposição ao governador Simão Jatene (PSDB) no parlamento estadual vem, desde a segunda-feira (22), fazendo duras críticas após a denúncia de que ele teria recebido propina da JBS em 2014, quando se reelegeu. O governador do Pará aparece em uma lista com outros 15 nomes de candidatos ajudados pela empresa, segundo delação de Ricardo Saud, ex-diretor da empresa, divulgada na semana passada. Eles receberam, no total, mais de R$ 1,4 bilhão, mas não se sabe ainda quantofoi para cada um.
Para o deputado Lélio Costa, líder do PC do B na Assembleia Legislativa, uma apuração rigorosa é essencial neste momento em que o governador aguarda o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode cassar de vez o seu mandato. “Mais uma vez, ele é pego envolvido em financiamentos ilegais, dessa vez pela JBS. É algo que expõe problemas de corrupção que a sociedade não aceita mais, diante de tanto mal que essa prática tem causadoao Brasil”, avalia.
INCENTIVOS
Iran Lima, que lidera o PMDB na Alepa, lembra que são da JBS os maiores frigoríficos em funcionamento no Pará e os que acabam levando a melhor em termos de incentivos fiscais. “Tem de saber se esses incentivos não foram a contrapartida desses valores que o próprio dono da JBS foi à imprensa dizer que pagou”, alerta o deputado.
Ozório Juvenil, também do PMDB, lembrou que Jatene já figurou na lista de “doações” da Odebrecht. “Pelo que estamos vendo, os candidatos que receberam apoio dessas empresas para a reeleição, ou seja, já estavam no cargo, foram beneficiados. É preciso saber se houve condicionamento para essas doações”, reforça.
(Carolina Menezes/Diário do Pará com Redação)
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