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quarta-feira, 21 de junho de 2017

TRABALHADORES RURAIS ACAMPAM PRÓXIMO A LOCAL DA CHACINA DE PAU D'ARCO

Nesta segunda-feira (19), grupos de ativismo social e trabalhadores rurais estão reunidos em acampamento no município de Pau D’arco, no sul do Pará. No local, no último dia 24, dez agricultores foram assassinados durante reintegração de posse das Polícias Civil e Militar.

O acampamento fica à margem dos 5.694 hectares da Fazenda Santa Lúcia, que foi ocupada inicialmente em 2013 e, desde então, segue em disputa, com uma série de reintegrações de posse e novas ocupações.

“Eu não vou dizer que uma fazenda vale uma vida, quem dirá dez vidas, mas eu estou aqui por justiça, para honrar minha família”, diz, segurando as lágrimas, Giodeth Oliveira dos Santos. Entre os dez mortos, sete eram seus parentes. O marido, quatro sobrinhos, uma cunhada e um cunhado.

“Eles foram escorraçados daqui, mortos e levados nesses sacos de qualquer jeito. Eles estavam lutando por um pedaço de terra, então nada mais justo do que eu estar aqui", diz.

“Eles pensaram que a luta tinha acabado quando mataram minha família, mas não é assim. Voltamos aqui para lutar mais e para garantir o direito por essa terra”, afirma Giodeth, que teve família assassinada em chacina”

Sem confronto

Na divulgação do laudo pelo diretor do Centro de Perícias do Estado do Pará, Orlando Salgado Gouveia descartou a hipótese de confronto entre vítimas e policiais. “Em nenhum dos coletes (dos policiais) foram constatados impactos de projétil de armas de fogo”.

A perícia divulgada na quarta-feira (14) aponta que não houve marcas de balas nos carros dos policiais, nem qualquer outra evidência concreta de um confronto entre os trabalhadores e os policiais. Ainda faltam os laudos das 53 armas que os agentes públicos portavam, o que ajudará a descobrir os autores dos disparos contra as dez vítimas.

Fonte: G1

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