Durante a Operação foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo seis na cidade de Itaituba/PA e dois em São Paulo/SP. Além das buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio total de bens de alguns investigados que chegou ao valor total de R$ 187 milhões (cento e oitenta e sete milhões de reais). Esta quantia foi estimada como correspondente ao proveito obtido com a prática ilegal. 

Também foi determinada a suspensão das atividades de duas empresas que atuam ilegalmente no mercado de compra e venda de ouro sem autorização do Banco Central do Brasil. 

Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu uma intensa movimentação de ouro por parte de empresas de compra e venda de ouro na cidade de Itaituba/PA. 

O minério teria sido extraído ilegalmente de garimpos clandestinos e “esquentado” por estes estabelecimentos mediante expedição de notas fiscais com dados falsos. 

As investigações também apontaram indícios de que grande parte desse ouro seja proveniente da Bacia do Rio Tapajós, e essa prática tem provocado grande impacto ambiental à região. 

A operação se insere no contexto geral de combate ao exercício de atividades empresariais que fomentam a garimpagem clandestina, visto que, conforme laudo pericial finalizado recentemente pela Polícia Federal, o Rio Tapajós tem recebido, anualmente, o despejo do quantitativo total de sete milhões de toneladas de lama procedente dessa atividade ilegal.
Os suspeitos estão sendo investigados pela prática dos crimes de usurpação de bens da União (com pena de até cinco anos de detenção), funcionamento ilegal de instituição financeira (com pena de até quatro anos de reclusão) e lavagem de ativos (com pena de até dez anos de reclusão). 

O nome da Operação (“Levigação”) faz referência a um processo utilizado para separar o ouro de outras partículas com a utilização de água, sendo que por meio deste há uma espécie de lavagem do ouro, separando-o de outros materiais.

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