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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Santarém: Pai acusado de estuprar duas filhas é condenado a quase 39 anos de prisão

Um pai acusado de estupro de vulnerável por ter abusado de duas filhas menores de 14 anos, foi condenado à pena de 38 anos e 11 meses de reclusão. A sentença foi proferida pelo juiz Alexandre Rizzi, da 1ª Vara Criminal de Santarém, oeste do Pará, no dia 25, mas sua publicação foi feita nesta terça-feira (29).


Para chegar à sentença condenatória de quase 39 anos, o juiz considerou o fato de o abusador ser pai das vítimas como causa de aumento de pena.

Martelo da Justiça — Foto: GloboNews
Os abusos foram cometidos em âmbito familiar, em uma comunidade no interior do município de Santarém. As vítimas moraram um tempo com o abusador, que era separado da mãe das meninas. De acordo com a acusação, foi durante a convivência que os crimes foram cometidos.

O nome do acusado e a localidade onde os abusos aconteceram foram omitidos para preservar a identidade das vítimas.

A busca pela verdade

O juiz Alexandre Rizzi ressaltou que o trabalho que tem sido feito pela Polícia Civil de Santarém e região é muito importante na elucidação dos casos de abusos sexuais denunciados, e isso tem gerado muitas ações penais.

Juiz Alexandre Rizzi — Foto: Geovane Brito/G1
"Se a Polícia Civil faz um bom trabalho, o Ministério Público consegue fazer uma boa denúncia, e após todos os instrumentos probatórios que muitas vezes resultam em sentenças condenatórias. Isso faz com que a população se sinta mais confiante para denunciar crimes de natureza sexual. As vítimas precisam ser protegidas e os abusadores precisam ser punidos", observou.

Rizzi lembrou ainda que nos crimes de violência sexual é muito difícil se obter a verdade dos fatos, porque são crimes que acontecem em geral, entre quatro paredes, em que se tem os depoimentos da vítima e do acusado. Mas, havendo um acompanhamento adequado das vítimas, com escuta especializada por assistente social e psicólogos, e uma investigação rigorosa dos fatos, é possível se obter a verdade para que não haja injustiça no julgamento.

"Tomando cuidado, havendo uma boa investigação e bons promotores, a gente consegue chegar à verdade. O réu tem o direito de se defender, de apresentar suas teses e ao final, a gente tendo elementos para condenação ele será condenado. Do contrário, o réu será absolvido. São processos delicados que envolvem sentimentos, traumas, violência e coisas que querendo ou não atingindo todas as pessoas diretamente ou indiretamente envolvidas", pontuou Rizzi.

G1 Santarém

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