Diego gama divulgações

Total de visualizações de página

domingo, 17 de janeiro de 2016

Número de endividados triplica no Pará DÍVIDAS - Quatro de dez inadimplentes já estão com contas vencidas neste mês

EVANDRO FLEXA JR.

Da Redação

O percentual de consumidores com dívidas em atraso triplicou no ano passado, se comparado ao ano anterior. De acordo com os dados da Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio-PA), o total de consumidores com faturas pendentes saltou de 12,4% para 38,1%, ou seja, quatro a cada dez endividados apresentam contas vencidas. Os números são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), e revelam ainda um aumento expressivo no percentual de clientes sem condições de arcar com as próprias dívidas, ascendendo de 1,2%, em 2014, para 8,3%, no ano passado. O tempo médio com o pagamento em atraso também registrou alta, porém, moderada, subindo de 58,5 dias (2014) para 59,1 dias (2015). Os indicadores de endividamento alcançaram ainda o tempo médio de comprometimento com as contas, que registrou alta de 5,3 meses, no ano retrasado, para 6,6 meses, no ano passado.

Ainda de acordo com os dados da Fecomércio-PA, pelo menos 30% da renda dos consumidores paraenses estará comprometida nos próximos seis meses, o que vai demandar esforço e disciplina por parte da população economicamente ativa, sobretudo neste início de ano. “Os dois primeiros meses do ano são os mais impactantes para o orçamento doméstico da população, pois, além dos compromissos financeiros assumidos no cartão de crédito e crediário de lojas, com presentes de Natal e festas de final de ano, temos as despesas com material, uniforme e matrícula escolar. Também não podemos esquecer as contas de IPTU, IPVA, anuidades de conselhos profissionais, entre outros”, orienta o presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (Corecon-PA), Nélio Bordalo. 

A elevação dos indicadores de inadimplência preocupa o setor empresarial, sobretudo do comércio e serviços. “Os efeitos da instabilidade econômica e política pelos quais o país continua passando neste início de ano permanecerá afetando o comércio. Com os consumidores endividados e evitando fazer novas contas, só restam duas alternativas. A primeira delas é a facilitação de uma negociação desses débitos por parte dos credores”, afirma o presidente da Associação do Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil no Pará (ADVB-PA), Rubens Magno Júnior. A outra alternativa depende exclusivamente do empresariado. “Precisaremos usar de toda criatividade na elaboração de campanhas, promoções e outras ações que atraiam compradores”, completa. Para Rubens Magno, é possível acreditar que o cenário comece a mudar a partir de 2017, ou seja, este ano ainda será de dificuldades.

Outro setor que sentiu os efeitos da inadimplência foi o de materiais de construção. Conforme aponta o presidente do Sindicato do Comércio de Materiais de Construção e Similares de Belém e Ananindeua (Sindmaco), Salim Bouez Pinheiro, o setor fechou o ano com retração nos indicadores.
O liberal

Nenhum comentário:

Postar um comentário