Gabriel foi morto com tiro na cabeça ao tentar escapar dos assaltantes
Um jovem foi assassinado com um tiro na cabeça, após uma tentativa de assalto frustrada, no Distrito Industrial, em Ananindeua, no meio da manhã de manhã de ontem. Gabriel Freitas de Oliveira, de 18 anos, estava na casa de amigos onde costumava passar os finais de semana. Dois homens numa moto tentaram roubar o celular dele. O rapaz tentou fugir e se abrigar dentro do imóvel casa, mas um dos bandidos acionou o gatilho da arma que apontava para a vítima. Atingido na cabeça, Gabriel morreu na hora.
Gabriel estava no pátio da casa dos amigos, localizada fica na rua do Fio, quando os dois homens se aproximaram do local em uma moto estilo Bros vermelha e branca e anunciaram o assalto, ameaçando-o com um revólver. O pátio tem grades muito abertas e os assaltantes atiraram no rapaz antes que ele entrasse no imóvel para se refugiar. Ao perceberem que atingiram o alvo, fugiram na moto sem levar nada. O jovem morava no Marco, em Belém, e visitava os amigos para ir à igreja que frequentava.
A delegada Cristina Esteves, da Divisão de Homicídios, e policiais lotados no 29° Batalhão de Polícia Militar (BPM) que atenderam a ocorrência disseram haver poucas informações além do modelo e cor da moto, mas nada que identificasse os dois assaltantes. A Polícia Civil agora conta com informações do Disque-Denúncia (181) para tentar identificar os assaltantes ou, ao menos, o veículo usado por eles.
Moradores da área dizem que o bairro tem tido muitos assaltos recentemente, numa frequência quase diária, piorando aos finais de semanas e nas primeiras horas do dia, quando as pessoas estão saindo para a escola ou trabalho. A mesma moto vermelha foi vista em vários assaltos relatados, informalmente, à reportagem por várias pessoas.
“Moramos aqui há três anos e todo dia piora a quantidade de assaltos. E deve ser sempre a mesma dupla que matou o rapaz aí (Gabriel). Já andamos sobressaltados. As viaturas só passam depois que ocorre um assalto. Não inibem”, lamenta o casal Luiz e Marilene, que preferiram se identificar apenas assim, observando que a maioria dos vizinhos já foi assaltada.
Arrasada, a família de Gabriel estava sem condições de comentar qualquer coisa. Alguns amigos do jovem preferiram o silêncio.
O liberal
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