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sábado, 29 de julho de 2017

Pai e mãe de estudante da UFAC que se matou são encontrados mortos

Os pais da estudante de Ciências Sociais, Bruna Borges, de 19 anos, que cometeu suicídio ao vivo pelas redes sociais na tarde da última quarta-feira, 26, em Rio Branco, foram encontrados mortos na tarde desta sexta-feira, 28, em uma das casas localizadas na Vila Militar, próximo ao Pronto Socorro de Rio Branco.

As autoridades acreditam que eles tenham tirado a própria vida. De acordo com informações da Policia Militar, o subtenente do exército Marcio Brito, pai da estudante, e a esposa Claudineia Borges, que foram encontrados enforcados na garagem da residência. As polícias civil, militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados para acompanhar o caso. O Instituto Médico Legal está no local. Mais informações em instantes!

Estudante transmite suicídio ao vivo em rede social

A estudante Bruna Andressa Borges, de 19 anos, se suicidou e transmitiu ao vivo o ato na tarde desta quarta-feira (26) na vila militar, no bairro Bosque, em Rio Branco. O vídeo foi transmitido através do Instagram para 286 seguidores. Antes de se enforcar, Bruna também postou mensagens no Facebook em que se dizia machucada. Ela cursava o 3º período de ciências sociais na Universidade Federal do Acre (Ufac). “Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga, a pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula. Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”, disse em uma postagem horas antes de se matar.

Bruna continua a postagem dizendo ainda que “a pior arma que o mundo criou foi o próprio ser humano”. Além disso, lamentava ter existido e pedia desculpas aos amigos. “Eu quero viver, mas quero ser livre e feliz, porém, parece que não dá pra ser feliz tendo que agradar a todos e a si mesmo. Peço desculpas aos poucos que me restaram e que tanto me aconselharam, simplesmente não consigo”, finaliza.

Logo em seguida, ainda no Facebook, ela postou: “Já viram alguém morrer ao vivo?”. Nos comentários amigos e familiares pedem que Bruna responda ou atenda as chamadas. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado às 16h16, mas foi direcionado para o endereço errado. “A princípio, os amigos ligaram para que nós pudéssemos contê-la, mas passaram o endereço errado, que era onde ela morava antes de ter se mudado para a vila. E nesse local, ninguém sabia informar onde ela estava morando agora. Infelizmente, não chegamos a tempo de conter devido a esse desencontro”, explica o major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão.

O G1 conseguiu entrar em contato com uma tia da menina, Maria Trindade, que mora em Belém, de onde a família era antes de ser transferida para Rio Branco. Ela confirmou que ficou sabendo da notícia através de amigos da família.

“Eles moravam aí porque os pais dela são militares e ela havia passado na faculdade e ficaram morando em Rio Branco. Era uma menina feliz, tinha liberdade, era muito forte. Não dá para acreditar que ela fez isso. Não sei porque ela fez isso”, disse a tia entre lágrimas. Os pais da adolescente foram registrar o ocorrido na Delegacia de Flagrantes (Defla), mas não estavam em condições de falar.

Fonte: http://www.orm.com.br

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