Animal foi recolhido do local e levado para a unidade do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)
Fotografo: Portal Santarém
Macaco foi encontrado em avançado estado de putrefação
Um macaco da espécie sagüi branco foi encontrado morto, na manhã desta quinta-feira, 26, em uma trilha dentro de uma área de mata, nos arredores do bairro da Matinha, em Santarém, oeste do Pará.
Temendo que o animal tenha sido acometido por febre amarela, moradores das proximidades acionaram biólogos do Jardim Zoológico de Santarém (ZooUnama).
Após chegar ao local, os profissionais isolaram a área onde o primata foi encontrado morto. O animal foi recolhido do local e levado para a unidade do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em Santarém.
Segundo os biólogos, como o animal estava em avançado estado de putrefação, no CCZ será feita uma análise para ver se será possível colher amostras do primata para ser enviado para o Instituto Evandro Chagas (IEC), na Região Metropolitana de Belém (RMB), para ser examinado, com objetivo de descobrir se o macaco foi morto ou não por febre amarela.
Caso não seja possível colher as amostras, de acordo com os biólogos, o macaco será sepultado.
TRANSMISSÃO DA DOENÇA
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), os macacos não são responsáveis pela transmissão da febre amarela para os humanos. A morte dos animais pode auxiliar na identificação da existência do mosquito transmissor da doença, servindo de alerta da circulação do vírus.
De acordo com a Sespa, a febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
A Sespa acrescenta que o vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Ainda segundo a Sespa, a febre amarela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito aedes aegypti.
Por ser uma doença de notificação compulsória imediata, de acordo com a Sespa, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes pela via mais rápida (telefone, fax ou e-mail). Às autoridades estaduais de saúde cabe notificar os eventos de febre amarela suspeitos ao Ministério da Saúde.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém