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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Protestos em Santarém marcam audiência pública sobre Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós Procurador federal Luís de Camões Lima Boaventura presidiu audiência que foi realizada na Aces

Protestos organizados por ativistas marcaram a abertura da audiência pública sobre irregularidades e possíveis impactos da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, na tarde desta sexta-feira, 29, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES). A audiência iniciou às 14h, sob vaias e gritos de ordem dos ativistas.
O evento aconteceu sob responsabilidade do Ministério Público Federal (MPF). Promotores pesquisadores e representantes do MPF e de comunidades indígenas e ribeirinhas compuseram a mesa de debate.
Participaram do encontro representantes da sociedade de Santarém e região, movimentos sociais, organizações indígenas e de povos tradicionais, universitários, associações de classe, associações comunitárias, dentre outros.
Também participam da audiência representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Centrais Elétricas do Brasil (Eletrobrás), das prefeituras de Santarém, Belterra, Aveiro e Itaituba, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Poder Legislativo (federal, estadual e municipais) e do Poder Judiciário federal (Santarém e Itaituba), além da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Santarém.
Uma faixa afixada atrás da mesa de debates expressa a seguinte frase: “Demarcação sim, hidrelétricas não!”. Em meio à superlotação do auditório da ACES, ativistas gritavam palavras de ordem, como: “Audiência falsa”.
Em tentativa de acalmar os ânimos dos ativistas, o procurador federal Luís de Camões Lima Boaventura pediu ordem no auditório, porém, os ativistas gritavam palavras de ordem, como: “Cala a boca, cala a boca”. Minutos depois, a audiência iniciou.

Para o coordenador da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena, a manifestação deu a entender que foi feita por pessoas com a intenção de boicotar a audiência pública. “A manifestação deu a entender que foi gente que foi mandada para boicotar o debate. São pessoas que não pensam direito e não tem consciência dos impactos que essa hidrelétrica irá causar”, censurou o religioso.
Sobre a construção do empreendimento, padre Edilberto argumento que a audiência não pode ser considerada uma vitória dos povos da região. “Ainda não digo que a audiência é uma vitória do povo do Tapajós. Mas, é o momento para irmos à luta em busca da vitória. Agora, a informação é o primeiro passo para as autoridades darem conta de que essa desgraça de hidrelétrica não vai servir para os povos da região e ainda vai destruir o meio ambiente”, comentou o padre.
O presidente da OAB/ Santarém, Dr. Ubirajara Bentes Filho, entendeu que a manifestação foi um marco da resistência contra a construção da hidrelétrica no rio Tapajós. “A manifestação foi algo natural dos povos que serão impactados com a construção da hidrelétrica. Sendo um marco da resistência contra a construção dessa usina em São Luiz do Tapajós”, ressaltou Dr. Ubirajara Bentes Filho.
Fonte: RG 15/O Impacto

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