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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Marituba: Vítima mata estuprador Mulher diz ter sido atacada por agressor e usou uma faca para matá-lo. O crime aconteceu na casa do estuprador, que estava filmando toda a violência.

Um mulher procurou a Seccional de Marituba, na manhã de ontem, para relatar que havia sido vítima de estupro e matou o agressor com uma faca. O corpo do homem, identificado como Milton Sergio da Silva Ramos, de 42 anos, foi encontrado no final da manhã de ontem, dentro da casa que morava, no bairro de São Francisco, em Marituba. A vítima, que não terá identidade revelada, afirma que matou Milton em legitima defesa, durante o ato sexual, e se apresentou espontaneamente à polícia.

Ao delegado Clóvis de Oliveira, da Seccional de Marituba, a mulher relatou que esfaqueou o suposto agressor no coração, para se defender. Logo após o crime, a mulher fez o Boletim de Ocorrência e revelou o caso. A equipe de Polícia Civil foi até o endereço indicado na ocorrência e encontrou a casa com a porta destrancada. Na sala, estava o corpo do homem, sem roupa.

No relato da mulher, o crime teria ocorrido ontem mesmo de manhã. Horas após o crime, a equipe de policias civis de Marituba descobriu que o homem tinha um perfil falso no Facebook. Por meio da rede social, ele atraiu a vítima, com a promessa de emprego. No local e na hora marcados, a vítima imaginava estar se encontrando com o funcionário do homem que fez a promessa de entregar uma passagem para o Suriname. Na realidade, tratava-se de uma armadilha. A mulher foi rendida com uma faca e obrigada a ter relações sexuais com o homem.

Durante o ato, Milton filmava o estupro. Segundo o delegado Clovis de Oliveira, há um Boletim de Ocorrência registrado em dezembro do ano passado, contra Milton. Na ocasião, a vítima relatou o crime de estupro nas mesmas circunstâncias. Depois, passou a ser ameaçada pelo homem, de que o vídeo íntimo seria divulgado. A suspeita é de que Milton possa ter feito outras vítimas, mas, diante das ameaças de divulgar as imagens, as mulheres desistiram de fazer a denúncia. Um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso. Depois de passar por exames do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, a mulher foi liberada.

Uma equipe de peritos criminais esteve no local. Inicialmente, foi constatado que o estuprador foi assassinado com três facadas no peito e uma no braço. Um dos golpes atingiu o coração. No relato da mulher, os golpes foram desferidos durante a relação sexual, na cama de Milton, que apesar de ferido, lutou com a mulher, que está ferida na perna, também com golpes de faca. Para a polícia, a morte foi resultado de uma “legítima defesa da honra”.

O homem era coveiro e trabalhava em um cemitério de Marituba. A casa onde o crime ocorreu está localizada na passagem Belém, no bairro de São Francisco. A casa pertence a um casal de idosos, que mora ao lado de onde o crime ocorreu. Eles não ouviram gritos ou barulho de briga. Foram surpreendidos com a chegada da polícia e foram informados de que o homem estava morto dentro da casa.

A vítima era considerada um amigo da família. Manoel e Florença Lobato afirmam que, Milton morou na casa, que era da filha do casal, nos últimos dois anos e durante esse período, les nunca tiveram nada do que reclamar da presença dele. “Nós não alugamos, cedemos a casa, porque minha filha foi trabalhar em outra cidade. Eu o tinha como um filho. Em todo esse tempo, não tenho nada para falar dele, foi uma boa companhia e era como uma segurança para nós, que vivemos sozinhos aqui. Um bom homem e trabalhador”, afirma Manoel.
O liberal

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